Wednesday, June 13, 2007
a delimitação da dor



descalça na extremidade incendiária do corpo
resgatas as cidades que se consomem na rotação perene dos corpos sedentos de lume.

abranda agora o vento demorado, preso à tua chegada, disperso na ferocidade das luzes do fim do dia.

tombado no desgoverno oficio da língua, nos restos do borralho de luz quase fria, extinta que foi a febre que cega as barrigas vindimadas pelo cio.

morreram os gestos
rompem as palavras demoradas,
consumidas na respiração breve
no grito inconsolável da garganta grávida de ti

expulsas as cidades do ventre
iluminadas, já consumidas
incendiárias e suicidas
cegas e cultivadas por ti.
 
posted by nuno albuquerque vaz at 8:11 AM | Permalink |


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